segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Opinião: Angra deixa escapar ponto precioso no finalzinho




Time teve chances até de vencer o jogo, mas gol aos 40 minutos
do segundo tempo dá vitória ao Bréscia. Angra tem que fazer agora o “dever de casa” e vencer os três jogos seguidos no Estádio Municipal.

A performance até que não foi ruim, em dois jogos fora de casa, uma vitória e uma derrota, mas as chances de pelo menos conquistar quatro pontos dos seis disputados foram claras. Se a vitória em Aperibé foi heróica jogando todo o segundo tempo com nove homens, a derrota diante do Bréscia por 1 a 0, sábado, 20, o time deixou a desejar na parte técnica, nas conclusões. Mesmo não rendendo o que se esperava, o Angra ainda teve reais chances de sair com uma vitória de Xerém e no mínimo com um empate, pois mesmo levando o gol aos 40 minutos do segundo tempo, numa cobrança de escanteio, ainda tivemos pelo menos duas oportunidades desperdiçadas nos cinco minutos finais e nos acréscimos.
Mais uma vez a zaga foi o ponto forte da equipe, porém falhou no gol do Bréscia, já que um dos pontos fortes do sistema defensivo do time são as bolas no alto, sempre rebatidas com muita competência. No jogo contra o Bréscia, Angra produziu muito pouco pelo setor esquerdo, numa clara ausência de apoio de um lateral, já que o zagueiro Rodrigo atuou improvisado por ali, muito mais preocupado com a marcação, pois foge totalmente das suas características o apoio ao ataque, a produção de jogadas ofensivas.
O artilheiro Viola não esteve numa tarde inspirada, e ficou claro que ele sentiu a ausência do companheiro de ataque, Fabinho. Taticamente a função de Fabinho nos jogos, pela sua característica de velocidade, tem sido de muita importância, pois ele acaba arrastando consigo um ou mais zagueiros adversários, deixando Viola mais livre da marcação na área e até mesmo em melhores condições de armar jogadas, sem adversários na sua cola.
O meia esquerda Nil que iniciou a partida estava voltando de um período longo de inatividade devido uma contusão, e mesmo sem o melhor de sua forma física e ritmo de jogo, correu bastante, mas deu sinais de precipitação e afobação na hora dos passes e nas tentativas dos dribles ao partir para cima dos adversários. O meia direita Renan também correu muito, porém armou pouco e a produtividade das jogadas de ataque do Angra acabaram acontecendo mais pelo setor direito e dos pés do lateral Domício, que mais uma vez manteve a sua regularidade.
Ziquinha, que foi adiantado e jogou como atacante ao lado de Viola, pois Fabinho estava cumprindo suspensão automática pela expulsão em Aperibé, não conseguiu repetir as boas atuações quando atuou como meia esquerda, não como atacante. Bruno Suzano que entrou no lugar de Renan ainda tentou resolver o problema da produção de jogadas do meio para os atacantes, mas teve pouco tempo. O atacante Fidalgo entrou no finalzinho após o gol do Bréscia no lugar de Gilson, que jogou improvisado de volante, teve pouco tempo, mas mesmo assim quase empatou a partida.
No resumo da “ópera”, Angra deixou escapar uma chance não só de conseguir um pontinho, mas uma grande oportunidade de sair de Xérem com três pontos se levarmos em consideração a qualidade técnica do plantel das duas equipes. Tenho certeza que não faltou empenho aos jogadores, porém tive a impressão que o clima era de que “venceríamos quando a gente quisesse” e no futebol não é bem assim. Só nos resta vencer as três partidas sequenciais que teremos em casa, no Estádio Municipal, ao lado da torcida, contra o líder Tigres, nesta quarta, 24, com o Aperibeense, sábado, dia 27 e contra o Bréscia, quarta-feira, 1º de outubro. Certamente se alcançarmos essas três vitórias estaremos garantidos entre as oito equipes classificadas para a terceira fase da segundona e com uma vaga para disputar no ano que vem a Copa Rio.
Beto Carmona

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